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Nem os piratas deixam de sorrir... ;-)
Ok, quem estiver a ler isto pergunta-se qual é o motivo deste post. Eu passo a explicar: ainda há pouco tempo sairam dois artigos que, mais uma vez, nos atiram para o fundo: somos os menos sorridentes (pelo menos em fotos para jornais) - segundo o JN - e somos os mais infelizes da Europa a 15 - segundo o Diário Digital.
O mais irónico disto tudo é que ainda há quem se admire que nós somos tristes e infelizes: como não o podemos ser? Temos sempre os indices mais altos das coisas más e os mais baixos em coisas boas. (Isto mesmo quando um país dito mais evoluido da Europa Central tem indices ainda piores... mas que não têm coragem em mostrar...)! Pois é, quando somos bombardeados todos os dias com défice, com os incêndios, com o estado deplorável (?) da economia, quando apresentam o país do lado como o "el dorado" ainda me pergunto que motivos é q temos para ser felizes (segundo a comunicação social...)! Eu digo que temos muitos: as nossas paisagens, o nosso clima, os nossos brandos costumes... muita coisa! E já agora, lanço um repto: vamos contrariar a malta que nos deita abaixo e que diz que até na felicidade somos os piores! Vamos lançar a grande Campanha do Sorriso! ;-)
COMO PARTICIPAR NESTA CAMPANHA: É muito simples. Basta seguir estas dicas:
- Sempre que estiver a tomar a sua refeição, sorria. Lembre-se que a crise torna a vida cara e nunca se sabe se terá sempre comida na mesa. Lembre-se que temos ainda muitos portugueses a clamar por uma refeição...
- Sempre que beber um copo de água, sorria: olhe que ela é pouca e nós já somos muitos para ela! ;-)
- Sempre que a equipa da sua eleição marcar golos, mesmo a um adversário teóricamente fácil, sorria. Olhe que um jogo de futebol tem 90 minutos e muita coisa pode acontecer...
- Sempre que estiver com o seu mais que tudo, mesmo que esteja chateado/a com ele/ela, sorria: quem sabe se no dia seguinte a única pessoa a estar com ele/ela é o agente funerário?
- Sempre que vir umas árvores verdes, por mais ranhosas que elas sejam, sorria. Olhe que um louco qualquer fará algo para as ver de outra cor... e não, não é vermelho ou azul! :P
- Sempre que tenha terminado a sua viagem de automóvel são e salvo, sorria: milhares de pessoas não se puderam gabar desse facto... :-(
- Sempre que vier para aqui ler este blog, sorria: pelo menos algum disparate que possa dizer será sempre um motivo para sorrir! ;-)
Enfim, temos todos motivos para sorrir e ser felizes. Basta dar valor aquilo que temos. E não confundir ambição com inveja permanente do vizinho do lado... Como diria o Luis Lopes (director de uma publicação especializada): não vai ser fácil, mas creio que hoje em dia ninguém espera facilidades!
Sorriam... :-)
A verdade é que o fogo acaba por ganhar sempre...
E é sempre o mais fraco que perde... as populações! :(
Poderia estar a falar de mais uma vaga de fogos florestais (e desculpem estar a bater no ceguinho, mas infelizmente é o que de mais importante se vai passando no nosso país), com mais umas aldeias serranas ameaçadas pelo fogo. Não seria nada a que não estivéssemos habituados, infelizmente esta realidade começa a tornar-se um (triste) hábito. O que é noticia é que fogo florestal chegou ás portas de... Coimbra.
Hoje estou a lembrar-me de uma conversa que tive com uma grande amiga minha. Eu dizia que não seria má ideia que as casas da aldeia de que é residente tivessem um seguro contra incêndios. Ela contra-argumentava que não era necessário, porque as casas da aldeia já sofreram operações de limpeza do mato, e acrescentava que as zonas urbanas apresentavam maiores riscos em termos de incêndio (urbano). O tempo veio a provar que ambos temos razão. Enquanto que a área onde ela vivia sofreu com os incêndios, Coimbra e Valongo foram chamuscados pelas chamas de um incêndio florestal. Resumindo: o risco de incêndio florestal, é muito maior nas áreas rurais, mas também as áreas urbanas sofrem também as consequências. Se não é com o fogo em si, é com as cinzas resultantes do incêndio. Por isso, várias zonas do país vivem um holocausto: ar irrespiravel, mais calor do que o habitual, alguns problemas respiratórios e de visão. Até parece que o inferno desceu á terra...
Já nem vale a pena dizer aquilo que devia ter sido feito (e não foi) e aquilo que não devia ter sido feito (mas foi). Hoje tive que comprovar com os meus próprios olhos de que os técnicos com competência neste assunto não têm sido ouvidos. Afinal, que meio de comunicação social deu a atenção devida a um doutorado em incêndios florestais que estava a acompanhar uma operação de rescaldo?! Quantos autarcas leram o livro Riscos Naturais e Acção Antropica de Fernando Rebelo?! Quantos autarcas não estarão agora a pagar (com a desgraça dos outros) o resultado dos seus próprios erros, permitndo a construção desenfreada de habitações em áreas florestais, muitas vezes em áreas interditas (Reserva Agricola e Reserva Ecologica Nacional) e quem sabe, a troco de fortunas fabulosas? Quantos ministros e secretários de estado não garantiram umas férias nas Bahamas, ou compras de Natal em Nova Iorque, a troco de uma adjudicação de um contrato de aluguer de aviões e helicopteros de combate ao incêndio a uma empresa que iria atear fogo para rentabilizar os meios? Será que alguém com algum poder pode dormir descansado e com a consciência tranquila?
É que, enquanto pensamos que o terrorismo tem apenas a face islâmica e ataca através de bombas e de aviões atirados a arranha-céus, a História prova-nos que o terrorismo pode ter outras motivações, e métodos bem diferentes. A única coisa que tem em comum com o terrorismo internacional é que ataca quando(?) e onde menos se espera...