sábado, julho 30, 2005

Se eu tivesse ganho o euromilhões...


E pronto, voltando a bater na mesma tecla, tenho a honra de guardar aqui, em primeira mão, a capa da última edição d'O Comércio do Porto. Mais um periódico com nome, e história a ir ao charco. Confesso que lia mais as edições dos anos 70 e 80 (dado que o biblioteca da faculdade que frequento dispõe desses jornais) do que as de agora. Como é que, por exemplo, o Alves dos Santos (uma referência do jornalismo desportivo) reagiria agora?
Se eu tivesse jogado no Euromilhões, e tivesse ganho os 113 milhões de euros poderia ter feito o negócio da minha vida: poderia ter comprado a empresa, voltado a contratar os trabalhadores que agora vão ao desemprego, continuado a publicação do jornal e quem sabe, o jornal teria um sucesso tremendo e seria o embrião de um grupo económico de media cá no Norte (para fazer concorrência ao Joaquim Oliveira... ;-) ) Mas como não joguei... :-(
Mas agora a sério, quando voltar a ler as edições antigas, vai-me ser mais custoso. Afinal O Comércio do Porto vai pertencer, por enquanto, ao clube dos jornais mortos. :-( Será que alguém o vai ressuscitar?

sexta-feira, julho 29, 2005

A escravização das instituições pelo poder económico: adeus Comércio do Porto...

Hoje o tema é triste: vão desaparecer dois jornais de referência em Portugal - O Comércio do Porto e A Capital. E isto tudo acontece quando um grupo - espanhol - de comunicação social tenta vender os dois jornais. Contudo não encontram comprador. Vendem porque "há que sair do mercado português rapidamente". Não deu o lucro que queriam...
E é com a maior das facilidades que mandam 150 pessoas para o desemprego! É com facilidade que assasinam duas publicações com história. Assim foi com o Diário Popular, República, O Século, o Diário do Norte, Jornal Novo, entre tantos outros...
E, no caso d'O Comercio do Porto a situação ainda é pior. É que a cidade do Porto perde o diário mais antigo da imprensa portuguesa, e fica mais pobre em termos de jornais. A partir de agora, só mesmo o Jornal de Noticias, já que o Primeiro de Janeiro ainda vai pelo mesmo caminho... Até tive familiares meus que estavam convencidissimos que esta última publicação não circulava!
Por isso, se alguém ligado a estas publicações estiver a ler isto, peço que não desista. Unam esforços! Façam uma cooperativa! Não deixem que meia dúzia de espanhois matem dois jornais que não lhes dizem grande coisa! Não aceitem isto com resignação, pois se o povo do Norte nunca teve foi resignação...
E já agora, mando um repto a Joaquim Oliveira e a Belmiro de Azevedo: não gostariam de aumentar o vosso portfólio de publicações? Aproveitem, fica-vos bem e não é tão caro (para os senhores) quanto isso!

quarta-feira, julho 20, 2005

Palavras para quê? 2

E já agora, outra coisa... os bombeiros que se preocupem em salvar o que resta da floresta. As casas que se constroem ilegalmente nas encostas e nas zonas protegidas pouco importam! Lamento dizer as coisas assim, mas é mesmo assim que eu penso...

Palavras para quê?



Enquanto uns procuram aumentar a sua riqueza (e gozá-la) á conta do povo, dizendo que pretendem o bem do País, mas pouco contribuindo para isso...

... outros vêem-se gregos para salvar a riqueza que é de todos, que está precisamente em perigo por causa de interesses de pessoas que pretendem enqriquecer á custa da extorsão do bem estar do povo!

Já nem preciso de dizer mais nada... que a realidade que hoje vivemos fala por si!

quarta-feira, julho 13, 2005

O arrastão e a matemática



Todos nós ouvimos falar do suposto arrastão que sucedeu em Carcavelos. Muita gente a ser assaltada, roubada, espancada, etc... A jornalista Diana Andringa fez um filme em que afinal, o dito arrastão não existe. Será que foi uma manobra de diversão feita por alguém com interesses muito obscuros?
Senão, reparemos: ouvimos falar, durante dias seguidos, desse mesmo arrastão - e, por magia, esquecemo-nos dos arrastões que nos fazem todos os dias: aumento do IVA, aumento repetido dos combustiveis, os anunciados cortes que nunca atingem quem deveriam atingir - aqueles que mais lucram com o Estado, e que certamente não será o funcionário público que está no mais baixo posto.
Como é que alguém como Vitor Constâncio, terá autoridade para falar em cortes na despesa, se eu próprio o vejo na TV a sair de um BMW novo em folha? Como é que ele terá autoridade para falar em moderação de salários e diminuição do crescimento económico se ele foge ás perguntas dos deputados (do PSD, note-se) acerca dos seus rendimentos pessoais e de toda a equipa administrativa do Banco de Portugal dizendo-lhes que não responde a perguntas de carácter pessoal? Como é que ninguém ainda teve coragem de lhe dizer que o seu discurso está gasto, pois desde 1978 não para de falar em cortes e de dizer que os Portugueses vivem acima das suas posses? Ele que comece a dar o exemplo: que abdique da sua reforma de governador do Banco de Portugal e que aceite a reforma geral da Segurança Social - 34 contos, ou 170 euros (se não me enganar nos cálculos).
E já agora, os ministros todos também podiam fazer o mesmo e terem a coragem de não dizer, com a maior lata do mundo, que estas regalias são direitos adquiridos (como já se disse na TV): o combate ao défice, se ele tem q existir, tem q passar por todos, e o exemplo tem q vir ao de cima!
E a Manuela Ferreira Leite, se na verdade acha que vale dez vezes mais do que aquilo que o Estado Português lhe pagou enquanto era ministra da Finanças, o que é que ela foi para lá fazer?
E porque é que se pagam ordenados principescos aos gestores de empresas públicas? Assim elas não dão lucro, de certeza! E se é para fazer asneiras repetidas (como no caso da STCP e CP) mais valia não se darem ao esforço de pagar á administração...
Vamos ter, pelo menos, a decência de sermos honestos. Pelo digam na cara dos Portugueses que estão a exercer cargos públicos para ganhar dinheiro! E façam o que têm a fazer para merecer o ordenado que têm: mais e melhores serviços, dinheiro melhor gasto.
E, finalmente, deixem-me dizer isto: na verdade, os governos e os políticos em geral não ficaram muito preocupados com as recentes (más) notas de matemática, nos exames do 9º ano. Se os alunos fossem muito bons, é que se preocupavam: afinal, sempre teriam mais capacidade de saber qual o montante está a ser saqueado pelos políticos. E por aqueles que não pagam os impostos, o que afinal, deve ser (quase) a mesma coisa...
Por isso, lembrem-se: o verdadeiro ladrão está muito mais perto de nós do que se pensa. E não precisa de ter cor da pele diferente...

domingo, julho 10, 2005

Calor... e incêndios

Chegou o calor! Chegaram aqueles dias de canícula intensa, convidativos á praia, aos banhos (quer em casa, no rio ou no mar) em que se aumenta o consumo de bebidas e gelados, em que se vêem menos centimetros de roupa e consequentemente, mais centimetros de corpo á mostra... ;-)
Era bom se de facto os dias de calor se resumissem a estas pequenas coisas que já foram referidas. Mas este ano também teremos que falar de situações de seca e de incêndios; uma realidade que não deixa de ter alguma frequência aqui em Portugal.
A questão da seca já não é nova. Mesmo nos meados do século XX aconteciam períodos de seca: as secas de 1964/65, 1975/76 e 1990/91 foram algumas das secas mais significativas que ocorreram em Portugal. Por isso, é uma questão com a qual estamos habituados a lidar há algum tempo. Mas será que temos aprendido algumas lições? Ainda hoje ouvimos falar de locais que só dispõem de duas horas de água por dia, ou que necessitam de ser abastecidas pelos auto-tanques dos bombeiros. Ouvimos queixas dos agricultores que dizem que necessitam de ajuda, já que não conseguem produzir ou que não têm nada com que alimentar o gado - não deixa de ser paradoxal que os produtores de batata da Bairrada se queixem de falta de escoamento da sua produção (o preço nem sequer cobre as despesas: 5 cêntimos o quilo, enquanto que o consumidor paga 35 cêntimos!) - mas estranhamente, os agricultores que pedem ajuda são provenientes do Alentejo: será que os das outras regiões não têm razões de queixa? Apenas os agricultores transmontanos ainda se vão queixando na TV, mas não têm a predominância dos agricultores alentejanos. Mas isso é outra história... Mas voltando á questão da seca, continuamos a ter problemas: talvez as autoridades não tenham tradição de planeamento para este tipo de situações, e continuem a viver confiando na sorte que Deus nos dá, assim como todos nós, que certamente desperdiçamos água em muitas situações. Gasta-se dinheiro em campanhas publicitárias, mas paradoxalmente vemos em muitas cidades e vilas fontes decorativas - não estarão a desperdiçar água?
Quanto aos incêndios, estes só chegaram em força a partir de 1975 - muito embora o incêndio mais mortifero tenha sido em 1966, matando 25 militares que combatiam as chamas - e têm sido um flagelo que se repete em todos os Verões, nalguns anos com mais intensidade, nos outros menos. O de 2003 foi particularmente doloroso: mais de 150.000 ha de área ardida, dezenas de casas destruidas, 20 mortos confirmados. Nalguns concelhos, ardeu mais de 50% da superficie total concelhia. Porque será que os incêndios acontecem? Por multiplos factores: sabe-se que mais de 70% (para não dizer 80 ou 90%) têm origem antrópica, implicando muitas vezes mão criminosa. Os interesses imobiliários, as vinganças ou pura e simplesmente a necessidade que algumas empresas de aviação (cujo Estado contrata para combater os fogos) têm em rentabilizar o material que dispõem são bons motivos para a mão criminosa nestes fogos. Ouvimos todos os anos falar em reforço de meios mas ninguém diz que vai haver uma limpeza geral das matas ou que as próximas plantações serão realizadas com conta, peso e medida: desde o Estado Novo que as plantações de árvores nas florestas portuguesas se cingem ao pinheiro bravo (fomentado pelo Estado Novo de Salazar) ou ao eucalipto (que interessa sobretudo ás celuloses). Ninguém se lembra do carvalho, uma árvore de madeira nobre e uma espécie resistente ao fogo - cujo grande defeito é ter um crescimento lento para poder ser rendivel.
Se calhar é por isto tudo que hoje o distrito do Porto esteve rodeado por incêndios florestais, e que ontem esteve todo o dia coberto com uma nuvem de cinzas durante todo o dia, provocando assim, incómodos na vida quotidiana - ar irrespiravel, temperaturas altas, carros cobertos com cinzas, assim como cortes em diversos troços de auto-estrada, provocando enormes filas de trânsito.
Espera-se que pelo menos, os incêndios não tenham este tipo de dimensão durante os próximos tempos!

sábado, julho 09, 2005

SAUDAÇÕES

Olá a todos, sejam bem vindos ao Blog Portugal XXI! Este blog pretende ser um espaço de opinião de assuntos que tenham a ver com o nosso país. Serão abordados todo o tipo de assuntos, tirando as "cusquices" do tipo "Big Brother" ou "Quinta das Celebridades" ou de desporto (fora em ocasiões especiais, como por exemplo os jogos da selecção ou acontecimentos desportivos marcantes) - dado que são assuntos que requerem blogs especificos - e procuraremos aqui não utilizar o nosso blog como arma pessoal para ataque a alguém. É o que queremos que desde já fique definido! :-) E contamos com os vossos comentários, sugestões e opiniões, de modo a que possamos melhorar constantemente!